Jovem espera há 5 meses por exame do SUS após perder a fala em acidente doméstico em MS

Geovane teve queimaduras graves no tórax e nas vias aéreas. Arquivo pessoal Geovane Mateus Costa Lima, de 26 anos, espera há cinco meses por um exame de bron...

Jovem espera há 5 meses por exame do SUS após perder a fala em acidente doméstico em MS
Jovem espera há 5 meses por exame do SUS após perder a fala em acidente doméstico em MS (Foto: Reprodução)

Geovane teve queimaduras graves no tórax e nas vias aéreas. Arquivo pessoal Geovane Mateus Costa Lima, de 26 anos, espera há cinco meses por um exame de broncoscopia pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da Central de Regulação de Sidrolândia (MS). Ele sofreu um acidente doméstico em 13 de julho, quando manuseava combustível e uma chapa quente, e teve queimaduras em 28% do tórax e nas vias aéreas. Segundo a esposa, Rarielen Santos Pereira, Geovane estava preparando carne na chapa quando, ao colocar combustível, ocorreu uma explosão. Após o acidente, Geovane foi levado como vaga zero para a Santa Casa de Campo Grande, onde passou por intubação. Ele ficou 15 dias na UTI e, depois, 19 dias na área de queimados. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp Ao receber alta, ainda conseguia falar, mas cerca de dois meses depois perdeu a fala. O exame de broncoscopia, feito durante a internação e previsto para ser repetido nesse mesmo período, segue sem previsão. Veja os vídeos que estão em alta no g1 A família também aguarda, há três meses, uma cirurgia para trocar a cânula usada por Geovane, que já não atende mais ao tratamento. "Estamos sem qualquer previsão concreta, apenas justificativas e promessas que nunca se cumprem. Um processo que já seria longo por natureza está se tornando algo desumano, desmotivador e sem esperança, por pura falta de retorno e resolução", relata. Rarielen afirma que a Santa Casa está em greve e, por isso, não está fazendo o exame. Ela conta que explicou à Central de Regulação que o procedimento pode ser realizado em outro hospital, como aconteceu durante a internação. Segundo ela, a Central informa que tem dificuldade em receber resposta do governo estadual. "O estado pagaria esse exame mas eles não falam nada também, não dão devolutiva, mesmo meu esposo estando como prioridade, como urgência lá", conta. O casal tem um filho de 6 anos. Antes do acidente, Geovane trabalhava como armador em uma empresa de pré-moldados de concreto, e Rarielen era manicure. Ele não conseguiu mais voltar ao trabalho, e ela deixou a profissão para cuidar dele. Hoje, vivem da ajuda de amigos e familiares. "Me sinto desgastada, parece que a gente está pedindo um favor. A gente adoece em outras áreas, psicologicamente, é estressante ficar de um lado para o outro. A gente não sabe como está lá dentro, a garganta dele, é isso que me angustia", diz. O g1 entrou em contato com a Central de Regulação de Sidrolândia (MS) e com a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES), mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem. Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: