Lula nega problema com o Congresso, mas critica emendas impositivas: 'Grave erro histórico'

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou nesta quinta-feira (4) que o governo esteja enfrentando problemas com o Congresso Nacional. O petista, porém...

Lula nega problema com o Congresso, mas critica emendas impositivas: 'Grave erro histórico'
Lula nega problema com o Congresso, mas critica emendas impositivas: 'Grave erro histórico' (Foto: Reprodução)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou nesta quinta-feira (4) que o governo esteja enfrentando problemas com o Congresso Nacional. O petista, porém, criticou as emendas impositivas e disse que o Legislativo "sequestrar 50% do orçamento da União" é um grave erro histórico. 🔎As emendas impositivas são recursos são propostas feitas por deputados federais e senadores ao Orçamento da União e, ao contrário de outras modalidades, têm a execução obrigatória pelo governo federal. Ou seja, o governo tem que pagá-las. "Vocês acham que nós do governo temos problema com o Congresso Nacional? A gente não tem", frisou o petista. "Eu, sinceramente, não concordo as emendas impositivas. Eu acho que o fato do Congresso Nacional sequestrar 50% orçamento da União é grave erro histórico, eu acho. Mas, você só vai acabar com isso quando você mudar as pessoas que governam e as pessoas que aprovaram isso", disse o petista. Veja os vídeos que estão em alta no g1 O presidente deu a declaração durante a 6ª plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável (CDESS), o Conselhão, no Palácio do Itamaraty, em Brasília. A reunião marca o encerramento das atividades do colegiado em 2025 e trouxe um balanço da participação do grupo na COP 30, realizada em Belém, além de discussões sobre os rumos da economia em meio às tensões comerciais com os Estados Unidos. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participa da cerimônia de entrega de credenciais a novos embaixadores no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), nesta segunda-feira, 20 de outubro de 2025. Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo Trabalho remoto Lula também criticou a possibilidade de manifestação remota de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e de parlamentares. Ele comentou sobre um episódio em que precisou negar um convite para cruzar a fronteira do país, porque teria que passar o comando para o vice-presidente, Geraldo Alckmin. "Por que um ministro da Suprema Corte pode ficar 3 meses viajando e vota pelo celular, porque no Tribunal de Justiça as pessoas votam pelo celular? Porque um de Primeira Instância está em casa tomando cerveja e vota pelo celular em casa — condenando uma pessoa. Porque um deputado pode ficar três meses fora e vota pelo celular, e eu tenho que passar o mandato para o Alckmin?", comentou o petista. Ele prosseguiu: "Isso são coisas que vão incomodando a sociedade. É importante que as pessoas estejam de corpo presente, para dar seriedade. Imagina você está em algum lugar, no bem bom, dançando uma lambada, toca um telefone, tem que votar, e vota, qual a seriedade disso?". Segundo o petista, isso faz com que o povo "desacredite nas instituições, passe a pensar que a democracia vale muito pouco". Lula defendeu, durante o discurso, o fim da escala 6x1, e que o avanço das tecnologias deveria reduzir a carga horária dos trabalhadores. A fala reproduz o tom eleitoral que o petista tem adotado nos últimos discursos.