Quem é a brasileira parente de secretária do governo Trump que foi presa nos EUA e pode ser deportada

Brasileira que é mãe do sobrinho da secretária de imprensa de Trump é detida pelo ICE A brasileira Bruna Caroline Ferreira foi presa pelo Serviço de Imigra...

Quem é a brasileira parente de secretária do governo Trump que foi presa nos EUA e pode ser deportada
Quem é a brasileira parente de secretária do governo Trump que foi presa nos EUA e pode ser deportada (Foto: Reprodução)

Brasileira que é mãe do sobrinho da secretária de imprensa de Trump é detida pelo ICE A brasileira Bruna Caroline Ferreira foi presa pelo Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE, na sigla em inglês). O caso ganhou repercussão na terça-feira (25) porque Bruna é mãe do filho do irmão da secretária de imprensa do governo de Donald Trump, Karoline Leavitt. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Bruna teve um relacionamento com Michael Leavitt, irmão da porta-voz do presidente. Eles não se falam há anos, de acordo com o advogado dela. O filho do casal, Michael Leavitt Junior, vive com o pai no estado de New Hampshire. Segundo a família da brasileira, Bruna mora nos EUA desde o fim dos anos 1990, quando era criança. O ICE informou que ela entrou no país com um visto de turista que expirou em junho de 1999. A família informou que Bruna mantinha status legal nos Estados Unidos por meio do programa Ação Diferida para Chegadas na Infância — ou "DACA", na sigla em inglês. O programa foi criado pelo governo de Barack Obama, em 2012. A medida regulariza temporariamente imigrantes que chegaram aos EUA quando eram menores. Até julho deste ano, mais de 500 mil pessoas participavam do programa, segundo dados oficiais. Em uma página na internet, a irmã de Bruna, Graziela dos Santos Rodrigues, afirmou que a brasileira cumpriu todos os requisitos para se manter legalmente nos Estados Unidos e sempre se esforçou para fazer o que é certo. "A ausência de Bruna tem sido especialmente dolorosa para seu filho de 11 anos, Michael Leavitt Junior, que precisa da mãe e espera todos os dias que ela volte para casa a tempo das festas de fim de ano", escreveu. Bruna com o filho, Michael Leavitt Junior Arquivo Pessoal A família criou uma vaquinha online para arrecadar fundos e pagar a defesa da brasileira. Segundo o ICE, Bruna está detida no estado da Louisiana e aguarda o julgamento que pode levar à deportação. Um porta-voz do órgão disse que Bruna tem antecedentes criminais, incluindo uma prisão por agressão — informação contestada pelo advogado. “O ICE prendeu Bruna Caroline Ferreira, uma imigrante ilegal brasileira com antecedentes criminais. Ela já havia sido presa anteriormente por agressão”, afirmou. “Sob o governo do Presidente Donald Trump e da Secretária Noem, todos os indivíduos em situação irregular nos EUA estão sujeitos à deportação.” Em entrevista à rádio WBUR, Michael Leavitt disse que a única preocupação dele é a segurança e o bem-estar do filho. Já a porta-voz Karoline Leavitt e a Casa Branca não comentaram o caso. LEIA TAMBÉM Dois militares são baleados após ataque perto da Casa Branca, nos EUA MP da França pede condenação de Airbus e Air France em apelação sobre acidente do voo Rio-Paris de 2009 Três homens são presos por suspeita de negligência em incêndio que deixou 44 mortos em Hong Kong Quem é Karoline Leavitt O presidente dos EUA, Donald Trump, fala com repórteres, enquanto a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, está ao lado dele, enquanto ele parte para viajar para a Pensilvânia, do gramado sul da Casa Branca em Washington REUTERS/Jonathan Ernst Karoline Leavitt foi nomeada secretária de imprensa da Casa Branca em janeiro e atua como porta-voz do presidente Donald Trump. Tradicionalmente, o titular do cargo concede entrevistas diárias a repórteres que cobrem o governo, comenta temas específicos e detalha a agenda presidencial. De origem humilde, Leavitt se formou em 2019 em política e comunicação por uma faculdade de New Hampshire, após receber uma bolsa esportiva. Ela jogou em um time de softball e foi a primeira da família a concluir um curso superior. Em 2022, ela disse a um grupo de republicanos que percebeu na faculdade que seu interesse não era o esporte, mas política, serviço público e jornalismo. Leavitt chegou a trabalhar em uma emissora de TV porque queria ser repórter, mas afirmou depois estar “feliz por não ter seguido esse caminho”, que classificou como “lado sombrio”. Ela disse ainda que queria participar do processo político e que Trump foi sua inspiração. No primeiro mandato de Trump, Leavitt conseguiu um estágio na Casa Branca e trabalhou no escritório de correspondência, escrevendo cartas em nome do presidente. Mais tarde, procurou a secretária de imprensa do governo, e entrou para a equipe como secretária-adjunta. Após a derrota de Trump em 2020, Leavitt passou a trabalhar na comunicação da deputada Elise Stefanik, de Nova York, uma das principais defensoras do atual presidente na Câmara. Em 2022, concorreu a uma vaga na Câmara dos Deputados, mas perdeu. Dois anos depois, tornou-se porta-voz da campanha presidencial de Trump. Após a vitória, foi convidada pelo presidente para assumir a chefia da secretaria de imprensa da Casa Branca. VÍDEOS: em alta no g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1