TG acompanha saída-pelágica no Sul do Brasil

Equipe do TG acompanha saída pelágica em Balneário Camboriú Arquivo/TG A equipe do Terra da Gente acompanhou, pela primeira vez uma saída pelágica, ativid...

TG acompanha saída-pelágica no Sul do Brasil
TG acompanha saída-pelágica no Sul do Brasil (Foto: Reprodução)

Equipe do TG acompanha saída pelágica em Balneário Camboriú Arquivo/TG A equipe do Terra da Gente acompanhou, pela primeira vez uma saída pelágica, atividade voltada à observação de aves marinhas em alto-mar. A expedição foi realizada em Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina, e resultou no registro de mais de 20 espécies, muitas delas raramente vistas a partir da costa. A saída pelágica é uma atividade guiada e exige planejamento e logística específicos. O biólogo Cristiano Voitina, organizador da expedição e criador do projeto Aves de Santa Catarina, foi o responsável por conduzir a observação e lançar o engodo, uma isca feita com vísceras de peixe que flutuam na superfície e atraem as aves. Segundo ele, o preparo para uma saída pelágica começa dias antes. “É preciso ir às peixarias com antecedência para separar as tripas dos peixes, que não afundam. Não adianta usar peixe congelado, porque a isca precisa boiar até as aves chegarem”, explica Cristiano. Voitina conta que a iniciativa surgiu a partir da facilidade de acesso a um mar mais calmo na região. “Eu conseguia fotografar aves que outras pessoas tinham dificuldade, porque sou do mar. Comecei a dar carona na lancha e, depois, pensei em transformar isso em expedições para levar observadores a conhecer as aves pelágicas”, relata. Para ele, a maior recompensa é ver os registros feitos pelos participantes ganhando espaço em sites, exposições e até quadros decorativos. Expedição em alto mar revela a diversidade de aves oceânicas no litoral catarinense Giuliano Tamura Entre os participantes estava o ornitólogo William Menq, que destaca imprevisibilidade na aventura. “Em alto-mar, tudo pode acontecer. Pode surgir uma ave pelágica muito rara. Essa emoção é totalmente diferente de uma observação em terra firme”, afirma. Ao todo, foram observadas mais de 20 espécies, entre elas o albatroz-de-nariz-amarelo, albatroz-de-sobrancelha, pinguim-de-magalhães, fragata e diferentes espécies de pardelas e mandriões. Além das aves, a equipe do Terra da Gente também flagrou outros animais marinhos, como uma tartaruga e um lobo-marinho. A embarcação contou ainda com a presença de representantes do Projeto Albatroz, iniciativa dedicada à conservação dessas aves. Segundo Gabriel Canani, gerente de pesquisas do projeto, os albatrozes são indicadores da saúde dos oceanos. “Conservar um albatroz é conservar toda uma cadeia de animais e processos ecológicos”, explica. O albatroz-de-sobrancelha é encontrado com frequência nas águas costeiras do sul do Brasil. Omar J. R. Cardoso O repórter Giuliano Tamura, que acompanhou a expedição, destaca que a experiência foi inédita mesmo após quase 30 anos de atuação no jornalismo televisivo. “Ter que acordar de madrugada, embarcar ainda no escuro e ver o sol nascendo estando no mar, são experiências únicas. Além disso, o mais emocionante é estar acompanhado de muita gente interessada em natureza”, afirma. “Essa experiência fantástica não foi apenas algo pessoal. O fato de poder compartilhar tudo isso, com um reportagem no Terra da Gente, mostra o quanto o programa é diversificado e o quanto a equipe se propõe a mostrar aventuras e a natureza em seu estado mais puro”, completa Giuliano. Ele também ressalta os desafios técnicos da gravação em alto-mar, como o enjoo e a necessidade de manter o equilíbrio durante as entrevistas. VÍDEOS: Destaques Terra da Gente Veja mais conteúdos sobre a natureza no Terra da Gente